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A Tecnologia a Favor dos Negócios

Atualizado: 20 de fev. de 2021


Publicado no Anuário 2017 da Sucesu

“Não deveria existir estratégia de TI nas organizações. Apenas estratégia: afinal, a TI é a própria estratégia”. Esta citação que coloquei numa versão livre sintetiza muito bem como a tecnologia está a favor dos negócios e, na verdade, fazendo uma nova versão, a tecnologia é o próprio negócio.

Então, por que a tecnologia muitas vezes não está no centro da estratégia? Um dos pontos para que sofra tanta resistência é o quanto ela reduz o poder que está centralizado na gestão na medida que assume o papel de inteligência do negócio. É o sentimento de medo de que algo novo irá substituir parte do processo de decisão baseado na intuição e não apenas em dados. Medo que em parte é decorrente de não se ter os sistemas apropriados, os processos bem definidos ou não se tem uma boa fonte dos dados por justamente haver pouca automação ou falta de processo de estruturação dos dados.

Uma alternativa é justamente aprimorar o entendimento da gestão sobre como se apropriar de uma nova forma de fazer gestão e utilizar a tecnologia a seu favor, sem receio do que ela implica. Ainda que ela automatize os processos e simplifique atividades, continuará sendo necessário conhecimento completo do negócio e do mercado e algumas decisões continuarão precisando de uma certa dose de intuição. Como uma ajuda adicional, a inteligência artificial está cada vez mais presente como protagonista na automação. Não há dúvida de que a forma como interagimos com a tecnologia mudou e não é uma questão de interface, mas de como a utilizamos.

Se a tecnologia é a estratégia, então a não utilização de tecnologia é falta de estratégia. Fazer negócios sem o digital está e ficará cada vez mais difícil ou limitante. As soluções que rompem grandes barreiras de produção em escala, de tempo ou de segurança passam por digitalização. A adequação do pensamento digital envolve abrir mão de conceitos bem estabelecidos, mas que talvez não sirvam mais porque o ambiente de negócio mudou e não interage bem com o digital. Exemplos já muito batidos, mas que estão presentes, como a forma de consumir entretenimento sem barreira do tempo, a forma de se relacionar entre pessoas e organizações, não apenas no aspecto social, como as redes, mas na relação de confiança e contrato com a utilização de meios seguros digitais que substituem a relação presencial, ou mesmo a forma de solicitar e receber produtos que rompa a barreira do tempo envolvido neste processo ilustram como a tecnologia está a favor dos negócios.

Negar o avanço acelerado da digitalização e não colocá-la no centro da estratégia da organização não impede o seu avanço. Na verdade, isso acelera o processo de exclusão dos profissionais que não se adaptam a nova realidade. Não é apenas uma revolução na realidade social onde entra a automação como já aconteceu em outros momentos históricos, mas principalmente na velocidade com que isso se tornou possível e o caráter irreversível desta nova realidade. A adequação é mais natural para as gerações nascidas na realidade digital, mas ainda assusta quem trata a tecnologia como auxiliar.

As perspectivas para estas mudanças são boas, mas desafiadoras, e passa sobretudo por se desenvolver consciência da necessidade da mudança. Este é um dos passos mais difíceis a serem dados. Além disso, a reeducação e o aprendizado são fundamentais. Por fim, sempre será necessário a ajuda para ser guiado neste processo.

Então, qual a sua estratégia mesmo?

(Acesse o anuário da Sucesu 2017 em www.sucesurs.org.br/anuario/

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